Os moradores dos bairros da Zona Oeste da Região Metropolitana do Recife (RMR) estão com sorte. Os imóveis situados em endereços como Cordeiro, Madalena, Prado, Engenho do Meio, Cidade Universitária, Torrões, Várzea e até em Camaragibe serão valorizados entre 10% e 20% com o Programa Estadual de Mobilidade Urbana (Promob). O projeto, com conclusão prevista para maio de 2014, foi apresentado nesta semana a mais de 70 empreiteiros pernambucanos em reunião organizada pelo Sindicato da Indústria de Construção Civil.
Dentre planos do Promob estão a construção do corredor Leste-Oeste, que partirá do Derby e organizará o trânsito em todo o percurso da Avenida Caxangá, além da implantação de corredores de transportes públicos na BR-101. O projeto também prevê a implantação de uma estação no viaduto que corta a Caxangá e a criação do Terminal Integrado Cosme Damião, que será implantado em São Lourenço da Mata e será a maior ligação da RMR à Cidade da Copa. Todos estes investimentos em infraestrutura, orlados em cerca de R$ 1,5 bilhão do tesouro estadual e do governo federal – fora os investimentos no corredor Norte-Sul e na Avenida Norte e na Agamenon Magalhães –, irão tornar a Zona Oeste o novo eixo de expansão da construção civil em Pernambuco.
“A mobilidade e o mercado imobiliário andam juntos. Estamos desenhando novas rotas no estado, organizando as vias e sabemos que isso vai ter influência direta nos planos das empreiteiras”, afirmou o secretário estadual das Cidades, Danilo Cabral. Segundo ele, o adensamento visto nas zonas Leste e Sul da RMR ajuda a aumentar o problema do déficit habitacional do estado. “Precisamos ainda de 300 mil novas residências em Pernambuco e com o desenvolvimento das Zonas Oeste e Norte, conseguiremos incentivar a iniciativa privada nestes locais”.
Para Gustavo Miranda, presidente do Sinduscon-PE, as intervenções previstas pelo programa irão diversificar o mercado imobiliário local. “Garanto que daqui a um ou dois anos teremos vários novos empreendimentos residenciais espalhados em toda a avenida Caxangá. E construções para as classes A e B. A Zona Oeste têm muito potencial e com as questões de trânsito e mobilidade resolvidas, é claro que o setor vai explorar a área”, comentou. Ele disse também que as intervenções irão valorizar os imóveis já existentes na região.

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