Mesmo com toda a turbulência na base, e apesar garantia da presidente Dilma Rousseff de que esse não é um ponto central de sua agenda, o governo exibirá, até o dia 16 de setembro, um comercial em que exalta o combate à corrupção como uma das marcas positivas da administração federal.
Na peça, de 33 segundos, a frase "o governo combate a corrupção, controla gastos e investe bem" é acompanhada pela imagem de um dedo indicador sobre o prédio de um ministério. Dele, desce uma faixa com a inscrição "fazer mais com menos".
Pela localização na Esplanada, o prédio coincide com a sede do Ministério dos Transportes, alvo de uma "faxina" desde julho, após denúncias de corrupção.
A Secretaria de Comunicação da Presidência informou que "com relação ao dedo do '...controla gastos', que desdobra a faixa 'fazer mais com menos'", não saberia qual foi "o prédio que serviu de base para a arte".
"Mas não há relação entre mensagens e pastas, pois as políticas em geral têm contribuição de mais de um órgão. E essa diretriz 'fazer mais com menos' é presidencial".
Esse é um dos quatro filmes da campanha "Brasil em boas mãos", dividida em quatro temas: infraestrutura, economia, educação e social. O combate à corrupção ocupa o dedicado à economia.
A veiculação foi iniciada no dia 7, em meio à crise que levou à queda de Wagner Rossi (PMDB) da Agricultura. O custo da campanha é de R$ 25 milhões.
A Secom negou que a inclusão do assunto na campanha seja indício de sua relevância na pauta do governo. Na campanha, alega, "não há um tema central, mas vários temas que são objeto da ação governamental".
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