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quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Câmara aprova criação da Comissão da Verdade - Veja.com
A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira, a criação da Comissão da Verdade, que irá apurar crimes cometidos durante a ditadura militar. A decisão veio depois de um amplo acordo entre os partidos da Casa. O texto estabelece uma comissão de sete pessoas para analisar, durante até dois anos, o período entre 1946 e 1988. Na prática, o trabalho dos integrantes deve se concentrar no período após 1964. A votação se deu de forma simbólica.
A aprovação da proposta exigiu uma longa negociação e incluiu um recuo temporário do governo. Pouco tempo depois de aceitar um acordo com partidos de oposição para a votação da Comissão da Verdade, Planalto voltou atrás. Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, estiveram na Câmara e haviam dado aval para a votação. Mas, depois de uma conversa ao  telefone com a presidente Dilma Rousseff, passaram a dizer que o governo não garantiria a sanção da proposta. 
Diante da mudaça de postura do Executivo, a oposição ameaçou esvaziar a sessão e argumentou que, sem votação nesta quarta-feira, não haveria acordo para prosseguir o debate nos próximos dias. No fim, o governo cedeu e manteve a palavra dada anteriormente: os destaques do PSDB e do DEM foram aprovados de forma simbólica.
O destaque do DEM incluiu exigências no texto: os integrantes da comissão continuarão a ser indicados pelo Executivo, mas ficarão de fora ocupantes de cargos comissionados e pessoas que "não tenham condições de atuar com imparcialidade".  O trecho proposto pelo PSDB define que qualquer pessoa interessada em falar à comissão terá esse direito. O projeto segue agora para o Senado. O acordo entre governo e oposição prevê que o texto não será alterado na Casa.
Os deputados também acrescentaram, em cima da hora, uma terceira alteração no texto: a proposta define que os documentos resultantes do trabalho da comissão serão encaminhados ao Arquivo Nacional. Eles rejeitaram uma proposta de Jair Bolsonaro (PP-RJ), que queria incluir no texto garantias de que os militares não seriam punidos se não colaborassem com a comissão.
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