
Essa articulação reforça a indisposição do prefeito com alguns vereadores da bancada e o possível escanteamento deles. Na “lista negra” estariam o aliado do ex-prefeito João Paulo (PT), o vereador Múcio Magalhães (PT), o presidente do PT na Câmara, Osmar Ricardo, e o ex-líder do governo Josenildo Sinésio (PT). Durante a campanha salarial, Osmar, que também é presidente dos servidores municipais, fez duras críticas à mesa de negociação salarial, classificando-a como “enrolação”. Já Sinésio deixou a liderança por não encontrar o respaldo necessário de João da Costa para defender o governo.
Nos bastidores, os petistas fazem a seguinte conta: se o PT montar uma chapa com 30 candidatos a vereador e desse total 10 forem escolhidos pelo prefeito, esse seleto grupo seria priorizado na campanha. O líder do governo, Luiz Eustáquio (PT), defende que o partido esteja aberto para novos filiados. “Concordo com o ingresso desde que eles possam comungar com o princípio do PT e não apenas fechar as portas porque eles vão disputar uma eleição”, disse.
Já Sinésio é contra. “Nosso partido sempre teve uma história diferenciada. Para entrar havia critérios de avaliação e regras a serem cumpridas. A entrada nunca foi tão simples, mas de um ano para cá, essa coisa foi relaxada. Há o perigo de se transformar numa sigla qualquer”. Ele questionou o tempo em que essa discussão está sendo feita sem passar por uma discussão mais aprofundada. Para o presidente da Câmara, Jurandir Liberal (PT), cada caso deve ser avaliado individualmente. “Qualquer nome deve ser analisado. Não farei restrição a ninguém, a priori”, afirmou. Múcio confirmou a discussão travada na executiva municipal e disse que no momento oportuno vai se posicionar. O presidente do PT no Recife, Oscar Barreto, declarou que o partido não vai rejeitar apoios. “A gente tem que ter representação eleitoral na cidade”, ressaltou.
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