Mesmo com as sinalizações da saída do deputado João Paulo do PT, a direção do partido mantém a postura de não adiantar que medidas tomaria caso ele mude de legenda. A medida mais forte seria reivindicar o mandato do ex-prefeito, com base nas regras da fidelidade partidária. Mas ontem, o presidente estadual do PT, deputado Pedro Eugênio, evitou o assunto. Indagado se a sigla reivindicaria o mandato de João Paulo, Eugênio respondeu, via assessoria, que não cogita a saída dele do partido.
A reportagem também procurou o presidente nacional do PT, Rui Falcão (SP). A assessoria informou que ele está em viagem à China, mas assegurou que qualquer medida só seria definida numa eventual saída de João Paulo.
O futuro político do ex-prefeito pode ser decidido amanhã. Ele confirmou ontem que manterá um encontro reservado, em Brasília, com o presidente nacional do PV, deputado federal José Luiz Penna (SP). Na ocasião, o líder dos verdes reforçará o convite para o ex-prefeito do Recife migrar para o PV com o objetivo de garantir uma legenda que poderá viabilizar o projeto do ainda petista: tentar retornar à Prefeitura da capital pernambucana. Será a terceira reunião dos dois parlamentares em menos de dez dias. Isso sem falar nos telefonemas que estão trocando a todo instante para conversar sobre a possível mudança.
O petista deixou ontem o silêncio de lado, que o tem protegido nos últimos dias, para sinalizar que já está de malas prontas para deixar o PT. Estou dividido: 50% para ficar e 50% para sair, confessou por telefone entre uma reunião e outra em Brasília. Antecipou, no entanto, que não tem pressa para anunciar a decisão: se sai ou não do PT e se concorre ou não à PCR. Mas a conversa com Penna será decisiva. Até porque o presidente nacional levará para o encontro, pela primeira vez desde que as negociações com João Paulo começaram, o presidente regional do PV, Carlos Augusto Costa.
Em função da proximidade do dia 7 de outubro prazo final concedido pela Justiça Eleitoral para a mudança de sigla , os líderes petistas se movimentam intensamente. Nos bastidores, colocam em prática a operação segura peão. A cúpula do PT teme que a saída do ex-prefeito enfraqueça a sigla e coloque em risco a permanência da agremiação no comando do Recife.
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