Os mineiros costumam dizer que o pior inconveniente é melhor que a melhor das brigas. A frase, lembrada pelo cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB) Octaciano Nogueira, ajuda a entender o comportamento da presidente Dilma Rousseff nas sucessivas crises que enfrenta desde que assumiu o governo, no início de 2011. Para evitar arranhões em sua imagem, ela seguiu o mesmo ritual na queda dos cinco ministros defenestrados por envolvimento em escândalos: no lugar de demitir, agiu nos bastidores para que o próprio alvo pedisse para sair. Uma liturgia que a livra de sujar as próprias mãos.
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