Em meio às eleições municipais, o ministro da Integração, Fernando Bezerra, deu de ombros à orientação do Palácio do Planalto e extrapolou os limites da legislação eleitoral para se engajar de maneira escancarada na campanha de seu filho Fernando Coelho (PSB) à Prefeitura de Petrolina. Nos últimos dias, de posse de um poderoso banco de dados com os números de telefone de toda a cidade pernambucana, com população de 293 mil habitantes, a campanha do deputado licenciado Fernando Coelho contratou uma empresa de telemarketing para disparar telefonemas. Nas gravações, a voz que aparece é a de Fernando Bezerra. Ele se apresenta como ministro da presidenta Dilma Rousseff e pede votos garantindo que, com a família no poder, Petrolina terá vez e voz no governo federal. “Eu sou Fernando Bezerra, ministro do governo Dilma e três vezes prefeito de Petrolina. Estou colocando o nome do meu filho Fernando Coelho Filho à disposição de vocês.” Até mesmo um dos cinco ramais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da cidade tocou com a ligação do ministro pedindo votos. A prática contraria frontalmente a lei eleitoral. Nas eleições deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro analisou denúncia de abuso do poder econômico na utilização do telemarketing e chegou à conclusão de que a compra de banco de dados para ligar para eleitores que não forneceram os dados espontaneamente é irregular.
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