sexta-feira, 20 de julho de 2012

Trecho leste do Rodoanel tem viaduto de 8,8 km construído com tecnologia portuária


Trecho leste do Rodoanel tem viaduto de 8,8 km construído com tecnologia portuária



Sistema com uso de cantitravel elimina etapas construtivas e reduz deslocamento de mais de 4,5 milhões de m³ de terra


Romário Ferreira



A obra do encontro leve estruturado do trecho leste do Rodoanel possui tecnologia
 portuária que permite a cravação das estacas de sustentação de forma aérea, ou
 seja, sem contato com o solo. O encontro leve é um viaduto de 8,8 km de extensão
 que está sendo construído em Suzano (SP), sobre as várzeas dos rios Tietê e Guaió.
A execução dele é feita com auxílio de uma máquina chamada cantitravel. Segundo a
 Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), é a primeira vez 
que esse equipamento, geralmente utilizado em obras portuárias, é usado para
 construção de  uma rodovia.
Na manhã desta quinta-feira (19), as obras do viaduto foram visitadas pelo
governador Geraldo Alckmin, que destacou a solução adotada, principalmente por 
reduzir o impacto ambiental nas várzeas, que recebem as cheias dos rios. Nesse
 trecho do Rodoanel, as pistas serão suspensas e o uso do cantitravel evitará o
 deslocamento de 4,5 milhões de m³ de terra, quantidade equivalente a dois 
estádios do Macaranã cheios, segundo a Artesp.

Se a execução fosse feita por meio do sistema convencional, seria necessário 
executar dragagem, escavações ou aterros para execução dos blocos de fundação
 e, a partir daí, pilares e a estrutura seriam construídos. Com a tecnologia adotada,
 essas intervenções são dispensadas e a estaca é o próprio pilar do viaduto. 
Ao todo, serão utilizadas 2.880 estacas, 8.640 vigas, 183 mil m³ de concreto e
 22 mil toneladas de aço.
O encontro leve estruturado terá 8,8 km de extensão e será complementado por
 mais dois viadutos, que atravessarão as rodovias Henrique Eroles e Ayrton 
Senna, totalizando 12 km. Assim, será a maior ponte do Estado de São Paulo
 e a segunda do País, atrás apenas da Ponte Rio Niterói, com 13 km.
O investimento para a construção das pistas suspensas será de R$ 380 milhões.
 José Alberto Bethônico, diretor de engenharia da concessionária SPMar,
 empresa do Grupo Bertin que administra o trecho sul e está construindo o
 trecho leste do Rodoanel, explica que o custo por m² será um pouco superior
 ao sistema convencional. Mas, o prazo de execução será menor, garantindo
 a entrega no prazo. Além disso, a obra será sustentável, como exigia o governo.
Ao todo, o trecho leste do Rodoanel custará R$ 2,8 bilhões e será concluído em
 março de 2014. O diretor de engenharia da SPMar afirmou que as obras estão
 dentro do cronograma e o encontro leve deverá ser entregue cerca de um mês
 antes desse prazo.


Divulgação: Governo de São Paulo


Divulgação: Governo de São Paulo




Divulgação: Governo de São Paulo




Divulgação: Governo de São Paulo




Divulgação: Governo de São Paulo




Divulgação: Governo de São Paulo




Divulgação: Governo de São Paulo




Divulgação: Governo de São Paulo