
O Ministério Público Federal investiga denúncia de cobrança de propina dentro da Universidade de Brasília. Uma das sete empresas que fornecem mão-de-obra terceirizada à instituição acusa um dos funcionários da universidade de exigir 100 000 reais para liberar um pagamento bloqueado. A Planalto Service fornece cerca de 650 funcionários à Universidade de Brasília para as tarefas de limpeza e apoio administrativo. A empresa pedia o pagamento de um aditivo ao contrato que mantém com a instituição de ensino. Foi aí que começaram a surgir as dificuldades. O funcionário da UnB Manoel Martins Jorge Filho, fiscal de contratos de terceirização do Decanato de Gestão de Pessoas, aplicou notificações à empresa Planalto Service.
O fiscal apontou falhas no cumprimento de horário dos terceirizados e nas condições de equipamentos fornecidos pela companhia de forma genérica, sem informar em que dia e em que setores elas tinham acontecido, o que dificultava a defesa por parte da empresa. Com o relato das supostas irregularidades, os pagamentos foram bloqueados. A companhia tinha, ao todo, 1,8 milhões de reais a receber. E diz que Manoel criou as dificuldades de forma injustificada para conseguir extorquir a Planalto posteriormente. As tentativas de extorção ocorreram nos primeiros meses de 2011.
Manoel não está sozinho. Nem a cobrança de propina é a única irregularidade praticada na administração do reitor José Geraldo de Souza, ligado ao PT. O funcionário integra um grupo de funcionários ligados ao sindicato da categoria e apoiou José Geraldo de Souza para subir na carreira pública. Foi promovido de xerocopista a fiscal de dez milionários contratos de terceirização.
Além da propina, integrantes da universidade interferiram nas contratações feitas pela empresa terceirizada. Foram mais de 100 indicações, 50 recomendações de demissão e 60 pedidos de promoção nos últimos dois anos. A prática vai contra orientações do Tribunal de Contas da União. O próprio Manoel admite ter uma filha e um genro trabalhando na UnB por intermédio da Planalto, o que configura nepotismo.
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