Um dia após ondas gigantes causarem destruição no Litoral Norte do estado, principalmente na Praia de Pau Amarelo, em Paulista, o mar deixou marcas nas praias da Zona Sul da Região Metropolitana do Recife. A água invadiu prédios e residências em Piedade, Candeias e Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes.
Derrubou quebra-mares. Segundo a Capitania dos Portos, a gravidade e o alinhamento do sol com a lua são os principais responsáveis pelo efeito denominado de “Maré de Sivígia”, comum no Nordeste nesta época do ano. Hoje, o pico das ondas deverá acontecer às 5h54.
Para evitar os transtornos causados pelo avanço do mar, o governo do estado, em parceria com o governo federal e com as prefeituras de Recife, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes deu início ao Projeto Orla. Em maio, a empresa norte-americana Coastal Planning & Engineering Brasil identificou os principais problemas no ecossistema e as opções de melhora e revitalização da praia elaborando um projeto básico dos serviços.
No último dia 15, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade deu entrada no processo de licenciamento na CPRH para conseguir o termo referência do estudo de impacto ambiental. A análise será feita pelo Itep nas orlas dos quatro municípios. Em paralelo, a UFPE fará o projeto executivo das obras.
De acordo com o secretário executivo de Meio Ambiente, Hélvio Polito, a previsão é de que os laudos fiquem prontos até o dia 30 de novembro. “Precisamos dos estudos para saber exatamente o material que será usado, a granulação da areia, a quantidade. Nossa melhor opção é o engordamento do litoral. Estamos negociando com a Secretaria das Cidades para que, após os resultados, as obras já comecem”, salientou. As edificações na linha do preamar serão preservadas, mas os novos imóveis terão que atender à lei de gerenciamento costeiro do estado que prevê um distanciamento de 33 metros do mar. A estimativa é que as obras só comecem no próximo ano.
Matéria completa, na edição de hoje do DP
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