O Brasil se junta aos indignados com a corrupção
Leia mais: Veja o texto original do 'Guardian'
De sua sala na redação instalada no 19º andar, Eurípedes Alcântara desfruta de uma vista espetacular do “novo Brasil”. Helicópteros atravessam o céu, carros novos abrem caminho pela cidade, arranha-céus e shoppings de luxo brotam no cenário urbano.
Mas Alcântara, um dos jornalistas mais poderosos do país, também não perde de vista o Brasil velho. Um país de negociatas, rinhas e corrupção endêmica que custam bilhões a cada ano e continuam a retardar a ascensão desse gigante sul-americano.
Como diretor de redação da influente e polarizadora revista VEJA, Alcântara acredita que é sua tarefa por um fim à baixaria. “É um choque de civilizações. Que tipo de país queremos ser?”, diz ele.
“A maioria das pessoas joga segundo as regras, trabalha de sol a sol e paga os impostos em dia. Mas há um grupo que vive se locupletando do estado, fazendo negócios com aqueles que têm as chaves do cofre. Combater a corrupção é nossa missão.”
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