Em dois dias, a oposição obteve no Senado o apoio de 20 senadores à abertura de uma CPI para investigar o ‘Paloccigate’.
Para que a investigação seja inaugurada, são necessárias as assinaturas de 27 senadores. Faltam, portanto, sete.
A marca de duas dezenas foi alcançada nesta quarta (26), graças a uma adesão inesperada.
Levou o jamegão ao requerimento da CPI o senador governista Clésio Andrade (PR-MG), presidente da Confederação Nacional do Transporte.
Coube ao líder tucano Alvaro Dias (PR) coletar a assinatura de Clésio, um insurgente com o qual o Planalto não contava.
Além de Clésio, já assinaram o documento 11 senadores do PSDB, quatro do DEM, dois do PSOL e um do PMDB, o dissidente Jarbas Vasconcelos (PE).
Itamar Franco (PPS-MG), internado em São Paulo para tatar-se de uma leucemia diagnosticada na semana passada, avisou que assinará.
Contactados, outros dois senadores de legendas do condomínio governista acenaram com a hipótese de aderir à CPI: Ana Amélia (PP-RS) e Pedro Taques (PDT-MT).
Amélia e Taques disseram às lideranças da oposição que aguardam pelas explicações de Antonio Palocci à Procuradoria-Geral da República antes de decidir.
Procurada, Kátia Abreu (ex-DEM) também preferiu condicionar a cessão de sua assinatura às justificativas de Palocci.
De resto, a oposição considera factíveis as adesões de outros três senadores do consórcio partidário do governo.
Dois são filiados ao PMDB: Roberto Requião (PR) e Pedro Simon (RS). Um é membro do PDT: Cristovam Buarque (DF).
No esforço para completar as 27 assinaturas, tucanos e ‘demos’ assediam, entre outros, Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
O plano do bloco da oposição prevê uma CPI mista, com deputados e senadores. Na Câmara, exigem-se 171 assinaturas de apoio. Algo mais difícil de obter.
Caso o número mínimo de senadores seja atingido, cogita-se circunscrever a investigação apenas ao Senado.
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