sexta-feira, 27 de maio de 2011

Palocci entrega defesa à Procuradoria Geral da República - Veja.com

Palocci: consultoria enriqueceu durante o ano eleitoral
Com uma semana antes de encerrar o prazo, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, entregou no início da noite desta sexta-feira as explicações sobre seu enriquecimento à Procuradoria-Geral da República (PGR). O envio do documento ocorreu um dia depois da presidente Dilma Rousseff afirmar publicamente que o ministro daria todos os esclarecimentos necessários para os órgãos de controle.

Parte dos argumentos levados ao Ministério Público já haviam sido adiantados por Palocci à bancada do PT no Senado, em reunião no Palácio da Alvorada com a presença de Dilma. Na ocasião, o ministro descreveu os três tipos de assessoria prestados por sua empresa de consultoria. “As atividades eram agrupadas em três e estavam previstas no estatuto da consultoria”, afirmou o senador José Pimentel (PT-CE).
A primeira seriam as palestras que ele participou. Em um mês de recesso, por exemplo, Palocci teria dado mais de vinte palestras. “Todas bem remuneradas”, disse o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que participou do encontro. 
Palocci também assessorou negociações para fusão de empresas privadas. Neste caso, se o acordo fosse efetivado, Palocci receberia uma remuneração extra, chamada de “taxa de sucesso”. O ministro teve que terminar alguns contratos antes do previsto por recomendação do Conselho de Ética da Presidência. “Em vez de receber 3 milhões, por exemplo, receberia 1 milhão de reais, já que não aguardou dois ou três anos previstos no contrato”, afirmou Suplicy.
O ministro também teria prestado assessoria a instituições, como bancos, sobre investimentos no mercado financeiro. Ele teria recomendando, por exemplo, que não fizessem aplicações em derivativos cambiais porque poderiam levar as empresas à falência. As instituições, segundo um interlocutor, teriam ficado “muito gratas” com a recomendação do ministro ao notarem que empresas se endividaram por investirem em derivativos.
Palocci manteve a decisão de não informar seus clientes, diante do sigilo contratual. “Ele disse que pode assegurar que nunca se envolveu com estatal e nenhuma empresa ligada ao governo. Todas as consultorias que ele deu foi para iniciativa privada”, afirmou o senador Paulo Paim (PT-RS) 

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