“Está tudo dominado”, costumam lastimar-se muitos comentaristas da coluna. É compreensível a sensação de impotência provocada pela impunidade dos corruptos, pela cumplicidade ativa ou passiva dos três Poderes, pela voracidade da aliança governista, pela pilhagem sistemática dos cofres públicos, pela mansidão bovina da maioria do eleitorado ─ enfim, pela paisagem política desoladora. Mas não está tudo dominado.
A frase que dá por consumado o triunfo dos fora-da-lei será apenas um verso derrotista enquanto existirem imprensa livre e milhões de brasileiros capazes de indignar-se com denúncias consistentes. Se tudo estivesse dominado, Antonio Palocci, por exemplo, ainda seria chefe da Casa Civil. O governo fez o que pôde para proteger o reincidente incurável. Acabou por render-se aos homens honestos inconformados com a nova safra de patifarias.
Se estivesse consumado o triunfo dos vilões, a quadrilha que age há meses no Ministério dos Transportes não começaria a ser desbaratada horas depois que seus integrantes foram identificados por uma reportagem de VEJA. Nomeados pelo ministro Alfredo Nascimento, presidente do PR, e sob o comando do deputado Waldemar Costa Neto, um dos mais gulosos protagonistas do escândalo do mensalão, os quadrilheiros instalados na cúpula do ministério abasteceram o caixa do partido e as próprias contas bancárias com bilhões de reais desviados dos cofres públicos.
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Com argumentos de sobra para livrar-se dos “insufladores”, Dilma tem o dever de prosseguir a faxina com a imediata demissão do ministro. ...
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