Depois de reforçar as agendas externas e a comunicação, trazendo o marqueteiro Edson Barbosa para ajudá-lo a melhorar a imagem política, o prefeito João da Costa (PT) está se esforçando para resolver outra pendência do governo: a articulação política. Para se ter uma ideia, o petista mais que dobrou o número de reuniões com o secretário de Governo, Henrique Leite (PT). No mês junino, por exemplo, ele conversou uma vez com o auxiliar, no gabinete, enquanto em julho os encontros subiram para cinco, segundo mostram a agenda do gestor. Em três dias deste mês, o prefeito já teve dois encontros com o petista, sendo um deles informal.
A intensificação das conversas entre o líder do governo e o prefeito é uma maneira de diminuir os ruídos entre a prefeitura e a Câmara e melhorar o trânsito de informações – que na gestão significa poder. O prefeito ainda está contando com o reforço do secretário de Assuntos Jurídicos, Cláudio Ferreira, que vem mantendo contatos frequentes com os vereadores, especialmente nos momentos que a base precisa rebater a oposição.
Não só João da Costa como os governistas já começaram a enxergar em Ferreira, inclusive, como um “braço direito”. Entre os vereadores, em tom de brincadeira, o secretário de Assuntos Jurídicos é tratado como “o deus”. É o tipo de influência, segundo frisam, que forma opinião.
De acordo com um governista em reserva, os ruídos melhoraram, mas ainda estão longe de deixarem de existir, por conta do perfil de João da Costa, considerado muito centralizador. A Câmara Municipal voltou do recesso desde a segunda-feira, por exemplo, e vários governistas já fizeram críticas à gestão. O bloco aliado ainda está muito disperso, “sem vestir a camisa” do governo. (Aline Moura)
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