Nos últimos anos, órgãos públicos têm repassado a empresas privadas tarefas colaterais, como a segurança e a limpeza de prédios. Em teoria, a opção tem tudo para trazer eficiência e economia ao serviço público. Na prática, a falta de fiscalização favorece a corrupção. O site de VEJA relata um desses casos, envolvendo a Patrimonial. Trata-se de um esquema primário: a venda de vagas de vigilantes em órgãos públicos com as quais a companhia tem contratos. E é bom lembrar: em última análise, os salários dos terceirizados são pagos com recursos públicos.
Um dos beneficiados pelas fraudes falou à reportagem. É Agreny Farias, de 24 anos. Em 22 de abril de 2010, uma sexta-feira, ele pagou 4 000 reais em dinheiro a um segurança da empresa, um intermediário de dois funcionários da companhia ligados à escolha de pessoal, identificados apenas como Wander e Santos. O primeiro seria diretor-geral da companhia. O segundo, diretor operacional de órgãos públicos. Na segunda-feira seguinte, Agreny estava empregado. A função: agente de segurança. O salário: 1 600 reais mais benefícios. Do total pago, 25% ficava com o agenciado. O restante era repassado à dupla de diretores.
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