É sabido que, no prazo de um ano, seria impossível recuperar as cidades da região serrana do Rio atingidas pelas chuvas de janeiro. O mesmo raciocínio se aplica às medidas preventivas – afinal, a região acumula décadas de ocupação irregular do solo, ausência de mapeamento de risco e investimento em habitação. Mas a situação das cidades da serra fluminense, 11 meses depois da tragédia que deixou mais de mil mortos, mostra que nem a catástrofe foi capaz de quebrar a inércia do poder público local em relação ao perigo a que está exposta a população. Em Petrópolis, medidas essenciais de prevenção, como um plano de contingência, uso de alarmes para mobilizar famílias em áreas de risco e treinamento para esses cidadãos, não saíram do papel – ou melhor, do discurso dos dias seguintes à tormenta.
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