Quem escuta Recanto Escuro, canção que abre Recanto, a nova investida fonográfica de Gal Costa e Caetano Veloso, percebe já no início do disco o quanto a cantora se arriscou. O som pesado e eletrônico da faixa, prenúncio do que virá nas outras dez, é em tudo distante da produção mais recente da baiana, calcada em um repertório de standards da MPB. Com o álbum, uma criação sua interpretada pela amiga e colega de Tropicália, Caetano deu a Gal a chance de experimentar. De sair da mesmice. E ela de fato saiu. Mas é só. O problema de Gal permanece: ela perdeu a imaginação de intérprete que um dia teve, e se apóia apenas na técnica para cantar.
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